No se­gundo nú­mero do seu bo­letim, O Nú­cleo, a cé­lula do PCP no Ins­ti­tuto Tec­no­ló­gico Nu­clear alerta para o «passo atrás» que cons­ti­tuiria a in­te­gração deste La­bo­ra­tório do Es­tado no Ins­ti­tuto Su­pe­rior Téc­nico, pre­vista pelo Go­verno. Lembra a cé­lula que os la­bo­ra­tó­rios do Es­tado «são ins­tru­mentos pri­vi­le­gi­ados para a im­ple­men­tação de po­lí­ticas pú­blicas na­ci­o­nais de in­ves­ti­gação e de­sen­vol­vi­mento e são também por isso ins­tru­mentos fun­da­men­tais na de­fesa da so­be­rania na­ci­onal». Não só na Ci­ência, re­alça a cé­lula, mas em «todas as áreas em que estes la­bo­ra­tó­rios prestam ser­viços e de­sen­volvem ac­ti­vi­dade ci­en­tí­fica, desde a pro­dução in­dus­trial à agri­cul­tura, pas­sando pela Saúde pú­blica, am­bi­ente e energia nu­clear».

A even­tual in­te­gração do ITN no IST obri­garia a uma «al­te­ração es­tru­tural e es­ta­tu­tária» que, so­mada aos cortes pre­vistos para o En­sino Su­pe­rior re­sul­taria no «fim de grupos e li­nhas e in­ves­ti­gação menos ren­tá­veis, com perdas de pes­soal ex­pe­ri­ente e com co­nhe­ci­mentos acu­mu­lados únicos, bem como o pos­sível des­man­te­la­mento de equi­pa­mentos».